terça-feira, 21 de dezembro de 2010

REBOBINANDO A FITA

Hoje vim aqui especialmente para desejar à vocês, queridos leitor e leitora, um Feliz Natal e um 2011, no mínimo, espetacular!!!

2010 foi o ano de inauguração do blog e foi também graças ao blog que percebi o quanto me faz bem colocar alguns pensamentos no “papel”.

Escrever nesse cantinho se tornou um compromisso semanal muito apreciado por mim, e espero que em 2011 eu tenha ainda mais experiências para compartilhar!

Poderia fazer aqui um balanço de coisas boas e ruins que aconteceram durante 2010, mas prefiro focar no próximo ano como uma página todinha em branco, onde a gente pode pintar, escrever, rabiscar a vontade e do nosso jeito! De 2010 eu só levarei aprendizado e coisas boas, o resto vai ficar lá atrás...

“Para sonhar um ano novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre." (Carlos Drummond de Andrade)

Vamos rebobinar a fita e começar 2011 novos, em paz e com um ótimo roteiro!

Vale a pena rever esse comercial da nossa publicidade brasileira e entrar no espírito natalino:

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Em Breve, Mais Uma Integrante...


Estou passando só para deixar registrado para a posteridade mais esse momento especial com minhas amigas de blog e de coração: Vi, Fla, Ede, Cris, Tati e a  Di, que não saiu nas fotos porque estava com a câmera na mão.

E que fique registrado também que eu copiei a montagem de fotos do blog da Di porque eu achei linda!

Clarinha, que você venha ao mundo para trazer muita alegria para a mamãe Flavia e para o papai André! Ah, e também para as titias blogueiras, é claro!

"No amor de uma criança tem tanta canção pra nascer, carinho e confiança, vontade e razão de viver."

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A Luta de uma Brasileira no Exterior

Essa semana assisti um programa na televisão brasileira que me tocou bastante. 

No programa a entrevistada era uma ex-paquita (Louise Wischermann) que está lutando para poder trazer o filho para viver com ela no Brasil.

Ela já morou na Alemanha, na Espanha e por fim no Canadá, onde se casou com um canadense. Com 30 anos, foi diagnosticada com esclerose múltipla e precisava começar o tratamento o mais rápido possível.

Porém Louise queria ter um filho antes de começar o tratamento, embora seu marido não apoiasse a idéia. Ela engravidou mesmo assim, e o marido não ficou ao seu lado durante a gravidez, e por isso ela foi ter o filho no Brasil. Depois com o bebê, ela retornou ao Canadá.

Quando a criança estava com um ano e pouco, o casal se separou e ela continuou a viver no Canadá para que o pai tivesse contato com o filho.

Agora ela quer voltar ao Brasil para ficar perto da família e dos médicos que tratam a doença dela. Só que como o Brasil assinou a convenção de Haia, o caso da guarda tem que ser julgado no país de residência da criança, ou seja, no Canadá.

Torço para que esse juiz leve em consideração a situação e a doença da mãe, que está tendo que encarar tudo sozinha, longe da família. 

Além do que, ela está seguindo a lei direitinho e não tentou raptar a criança como acontece em muitos casos. Inclusive ela viajou agora ao Brasil sem o filho, pois o juiz achou arriscado autorizar que ela viajasse com a criança.

Quis escrever sobre esse caso aqui no blog, pois essa é uma dificuldade que muitas mães brasileiras casadas com estrangeiros enfrentam fora do Brasil,  pois quando o casamento acaba e há crianças em jogo, a disputa pela guarda é sempre complicada.

E a Louise não quer separar o filho do pai e afirma que aceitaria deixar a criança passar todas as férias com o pai no Canadá e permitiria também que o ex-marido viesse ver o filho no Brasil sempre que quisesse.

Outro ponto que vale a pena mencionar é o fato de que o povo brasileiro vive falando mal do SUS (Sistema Único de Saúde), mas é ele que está bancando o tratamento da ex-paquita , já que no Canadá, o sistema de saúde não cobre os medicamentos que ela precisa tomar, e caso ela fosse comprar os remédios lá, gastaria 2500 dólares por mês.

No Brasil, ela recebe os medicamentos de graça.

Outro exemplo que posso dar é aqui na Austrália mesmo. Fui ao médico e entre consultas e exames, tudo simples, gastei uns 700 dólares. Tenho seguro de saúde privado e que não é barato. Porém só recebi de volta do seguro de saúde 280 dólares, ou seja, menos da metade.

É, definitivamente é o SUS que não presta...

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

CRISE DOS 30???


Hoje li o seguinte artigo no provedor da Uol: “Crise do não fiz nada ainda na vida pode começar aos 30” (http://estilo.uol.com.br/comportamento/ultnot/2010/12/05/crise-do-nao-fiz-nada-ainda-na-vida-pode-comecar-aos-30.jhtm).

Li e não pude deixar de me identificar um pouco.

Não que a minha crise tenha começado exatamente aos 30 e não que ache que não fiz nada na vida... Minha suposta crise começou aos 31 e um título mais adequado para o meu caso seria: “Crise do ainda não fiz tudo o que eu queria ter feito na vida com esta idade”.

Sabe quando você se imagina com 30 anos, bem casada, com filhos, com saúde, feliz, realizada, bem sucedida profissionalmente, financeiramente, falando sete línguas, linda, viajada, com tudo duro e no lugar, com casa própria, carrão, animais de estimação, com tempo pra você, para o mundo e dando conta de tudo e mais um pouco?

Eu sei, utopia pura!

Acho que um dia já quis tudo isso, hoje acho que aprecio o que eu tenho e é claro que desejo muitas coisas ainda, mas não desejo tudo. E isso aprendi só depois dos 30.

Falando em almejar, esse assunto não deixa de ser um ótimo incentivo para minhas resoluções de ano novo.

É, eu sei, 99% das coisas que você diz que vai fazer no ano novo, acabam indo por água abaixo, mas eu gosto de ter minha listinha mesmo assim. Pois se pelo menos eu conseguir realizar uma coisinha que seja, já vai ser melhor do que realizar nada.

Além do que, sou movida a metas, preciso delas para continuar andando. Confesso que esse ano deixei o barco rolar, vivendo um dia de cada vez e só serviu para eu perceber que eu não funciono assim.

Sei também que as vezes temos que desistir da vida que planejamos, para encontrar a vida que nos espera.

Mudar de plano? Sim. Não ter planos? Não mais.

Então como repetir os mesmos erros não entra nem nunca entrou na minha listinha de ano novo, 2011 vai ser um ano diferente, cheio de planos e metas e porque não, alguns sonhos bem malucos?!

Afinal de contas, nunca se sabe...

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Tem um Peru na Minha Rua

Não sei se é de conhecimento notório, mas aqui na Austrália a vida animal é infinitamente abundante. Sei que no Brasil também é, mas nas grandes cidades brasileiras tudo o que vemos são uma pombas e uns passarinhos.

Antes de me mudar para cá, quando me falaram dos insetos, pássaros e animais que viviam no meio da cidade, confesso que achei que não era tudo isso.

Bem, eu estava literalmente enganada e não tinha a menor idéia do que me esperava...

Primeiramente vou falar dos insetos. Há aranhas de todos os tamanhos em todos os lugares, aliás, teias de aranha aqui são tão comuns como folhas de árvores caídas no chão. É irritante! E quando você está dirigindo, olha para o veículo ao seu lado e vê no retrovisor do carro do camarada, teias de aranhas em perfeita construção!? E dizem que para os “aussies” isso é super normal. Inclusive, em cada cantinho da parede de dentro das casas tem uma teinha para dar um charme.

Outro dia mesmo, fui jantar na casa de uns amigos e como estava escuro em frente a casa, fui caminhando em direção à porta quando literalmente enfiei a minha cara numa teia de aranha gigante!! Aaaaaagh! Quando dei uns passos para trás, a maldita continuou intacta, inacreditável, quase desmaiei!!! Desse dia em diante, traumatizei, mando sempre o marido abrir caminho na frente ou se estou sozinha, vou que nem ceguinha, com as mãos na frente tateando tudo!

Há, tem as baratas também. Eu sei, eu sei, no Brasil também tem toneladas delas, mas aqui o negócio é visível na calçada! Você caminha a noite e vê as danadinhas andando de um lado para o outro, e elas nem se incomodam com a gente! Tamanhos e espécies diversas, tem para todos os gostos!! Dizem também que o povo aqui convive normalmente com elas, como se fossem borboletas!!!

Por tudo isso, que minha casa tem tela em todas a janelas e portas, e mesmo assim, de vez em quando ainda tenho uns visitantes inesperados, para minha alegria, é claro.

Para se ter uma idéia, existem 220.000 espécies de insetos na Austrália, que para ficar bem claro, não tenho a menor intenção de conhecer!

Há também a época das moscas, que deve estar chegando, pois já avistei várias nos últimos dias. Dizem que elas pousam em camisetas brancas, fazendo-as ficar preta de tanta mosca! Aaagh!

Para finalizar esse post, realmente tem um peru morando na minha rua! Ele vive de um lado para o outro, nos telhados, na rua, tranquilamente vivendo a vidinha dele, sem querer ser incomodado. Porém, ele se esquece que é o prato principal de uma festa que se aproxima, e estou preocupada com o bem estar do pobrezinho. Se eu não tivesse tanto medo, juro que daria abrigo para ele até janeiro, quando o perigo já não existisse mais.

Gente, rezem pelo peru, pois já me afeiçoei a ele!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

ADRIANO ZUMBO

Para a maioria das pessoas que vivem aqui em Sydney, Adriano Zumbo é um nome conhecido.

Ele é o pastissier mais famoso da Austrália e suas sobremesas são, sem exagero, incríveis!

Cada doce é exclusivo e leva o nome de um personagem ou representa uma história. Por exemplo: Clarlie Brown, Lola, Marry Me, etc.

Os designs dos doces também são estravagantes e únicos.

As delícias são verdadeiras obras de arte tanto para os olhos, como para o paladar. Um sonho mesmo!

Na minha passadinha por lá, não resisti e saí com uma caixa contendo seis preciosidades para serem divididas em três pessoas. Uma gula só!

Treats aprovados e recomendados! Segue o site para quem quiser ter o gostinho: http://adrianozumbo.com/.

A patisserie fica em Balmain, bairro muito fofo por sinal, e agora há também um café, recém-inaugurado em Rozelle. Mas esse vai ficar para uma próxima oportunidade...

Bon Appetit!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

REPERCUSSÃO

Eu já comentei aqui no blog que o sol é até quatro vezes mais forte aqui do que é no Brasil e embora as pessoas aqui na Austrália frequentem bastante as praias, guarda-sol por essas bandas é coisa rara.

Contei também que consegui adquirir um kit verão com guarda-sol e cadeiras reclináveis (os australianos sentam na areia)  só depois de muita procura.

Semana passada pude experimentar o kit verão já que tivemos lindos dias de sol e calor. Eu sabia que iria ser destaque, pelos motivos já mencionados, mas não é que a repercussão foi positiva?

Não deu cinco minutos que estava instalada na praia com tudo o que tinha direito quando fui abordada por uma australiana perguntando onde tinha conseguido as tão sonhadas cadeiras, que ela procurava há séculos. Ela comentou que achou que eu as havia trazido do exterior!

Temos aí um exemplo clássico de nicho mal explorado aqui na Austrália. Vai ver que os australianos não compram as tais cadeiras porque ninguém as vende.

Ou será que as pessoas não as vendem porque ninguém as compra?

Falando em paradoxos, quem não se lembra daquele famoso:  "Tostines vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais?"

Ahhh, a maravilhosa propaganda brasileira... Talvez se a DM9 fizesse o anúncio das cadeiras para vender aqui, criaríamos uma nova cultura australiana de praia e eu não teria que me sentir tão excêntrica!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Filosofando 2

Quanto de nós temos que dar para recebermos um pouco? Ou muito? E se nós damos, doamos, oferecemos  e nunca recebemos nada? Até quando nos doarmos? Até ficarmos sem nada? Até desaparecermos?
Peço muita paciência. Nem sempre consigo. Sou falha, admito.
Será que o seu tempo é mais importante do que o meu? O tempo cura tudo, dizem. O tempo também apaga, não se esqueça.
Ah, como eu tenho saudades! A distância nos faz ver melhor. De longe vemos o todo. De longe vemos a importância do todo. Esquecem-se os detalhes.
Mas no fim das contas, a única coisa que fica com certeza é o presente.
Eu estou aqui. E você? Onde andas?

terça-feira, 2 de novembro de 2010

HELLO ASIA - PARTE 2

Dando continuidade à nossa aventura em Xangai, outro ponto que me surpreendeu foi a culinária local que é deliciosa. Claro que não arrisquei nenhum besouro frito ou algo assim, mas os restaurantes são ótimos e os cardápios mostram as fotos dos pratos (thank god!), o que facilita muito a comunicação. Fora isso, a comida é muito barata, para se ter uma idéia, uma refeição para dois em um bom restaurante, com bebidas e sobremesa, sai por volta de 15-20 dólares!
Os templos budistas são um espetáculo a parte, lindos, com arquitetura bem tradicional e muitas esculturas. Nós ainda contamos com a sorte a nosso favor, pois conseguimos assistir um pedaço da cerimonia dos monges no templo mais tradicional de Xangai, o templo Buda de Jade (construído em 1882). Muito emocionante! Também acendemos incensos no imenso forno e passamos a mão na barriguinha da estátua do Buda, para dar sorte, fartura.
O “Bund” a noite é lindo e como já mencionei no post anterior, nós fizemos um pequeno cruzeiro pelo rio. Quando chegamos dentro do navio, não havia ninguém dentro da sala, escolhemos então uma mesa e nos sentamos. Daqui a pouco a sala começou a encher e notamos que  99% das pessoas eram turistas chineses.
Como a sala lotou, alguns turistas chineses pediram para sentar na nossa mesa, claro que dissemos que sim, e daqui a pouco aqueles que tinham sentado do nosso lado começaram a inclinar a cabeça para o nosso lado e... flash! Click! Aí ele trocaram de lugar com os amigos e mais click, flash! Eu olhava para o maridão com aquela cara de interrogação, rindo de nervoso, sem conseguir me comunicar com eles, pois ninguém falava inglês.
Uns cinco minutos, depois de termos tirado fotos com a mesa inteira, juntou ainda umas 20 pessoas ao redor da nossa mesa, e começaram a fazer um revezamento para tirar fotos. E nisso, o cruzeiro rolando, as paisagens passando e os chineses entretidos conosco. Nos sentimos como macacos no circo! A boca até começou a doer de tanto sorrir!!! Um menininho de uns 5 anos virou meu fã, tiramos uma meia dúzia de fotos juntos e até no meu cabelo ele quis pegar!
Já havíamos ouvido falar de muitos casos assim, mas imaginamos que não iria acontecer conosco. Falei até pro maridão, que se soubéssemos que iríamos virar celebridade no cruzeiro, dava até para fazer um dinheirinho com essas fotos!
Além de  tudo isso que contamos, a nossa viagem foi ainda mais especial pois encontramos alguns amigos da Alemanha por lá e matamos as saudades! E quando temos amigos no lugar que visitamos, a viagem tem tudo para ser agradável, pois acabamos indo nos melhores lugares “locais” e vivenciamos um pouco da sensação do que é realmente morar no lugar.
Se caso eu ficar uns dias sumida é porque a minha mãe está chegando para nos visitar (eehhh!) e o meu tempo vai ficar mais escasso. Mas podem deixar que de vez em quando passarei por aqui, pois não consigo ficar muito tempo longe!

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

HELLO ASIA!

A semana passada, tivemos a oportunidade de conhecer um pouco de Xangai, a  primeira cidade asiática visitada por nós! Antes de embarcar, tinha uma imagem bem diferente do que me aguardaria por lá, mas sempre achei que a viagem seria, no mínimo, interessante.
Xangai não só foi interessante, como foi surpreendente e isso no bom sentido! Alguns até ousam chamá-la de Paris do oriente, eu prefiro dizer que Xangai é a New York da Ásia.
É impressionante notar como o capitalismo chegou e tem chegado até lá, pois para quem só abriu suas portas para o mercado capitalista em 1992, Xangai é super moderna e tradicional ao mesmo tempo.
Caminhar a noite pelo Bund na beira do rio Huangpu, ou fazer um cruzeiro pelo mesmo (nós fizemos os dois) é uma experiência única. Primeiro pela iluminação, que é sem dúvida, espetacular;  segundo, pela oportunidade de observar as pessoas (e são muuuitas).
A Najing é uma rua repleta de lojas, cartazes e neons, e ser abordado por pessoas oferecendo coisas falsificadas é muito comum. Como escutamos falar que o "fake market" (mercado de coisas falsificadas) é algo que deveríamos ver, já que é considerado até cultural, nos demos a oportunidade de vivenciar isso no jardim Yu Yan, um conjunto de templos, pontes, construções do século 16 cercado por um clássico jardim chinês, com lagos de carpas e pedras esculpidas pela água. Ah, lá também tem infinitas lojinhas de souvenirs e coisas típicas.
A moça nos abordou perguntando se gostaríamos de comprar bolsas, relógio, cintos, etc. Falamos que sim, e elas nos guiou até uma viela suspeita e uma portinha de madeira quebrada. Quando olhei dentro, tinha um lance de escadas super inclinadas e bem velhas como se fosse para subir em um sótão. Confesso que nessa hora olhei para o maridão e falei: “eu não subo aí nem que a vaca tussa!” Mas aí, criei coragem, já que dizem que em Xangai não existe assaltos. Confiei e fui!
Chegando lá em cima, era um quarto pequeno, velho, lotado de turistas, com prateleiras infinitas exibindo as bolsas (uma mais linda que a outra), cintos e carteiras. Era uma gritaria, pois tudo tinha que ser negociado. Como eles quase não falam inglês, ele te mostram o preço com a calculadora. Aí se você acha caro, coloca o valor que quer pagar na calculadora, e assim vai... O que deu para perceber é que eles jogam os preços na alturas e no final, você consegue pagar de 10 a 20% do valor inicialmente pedido.
Posso dizer que foi bem interessante essa experiência e eu e o maridão nos divertimos, isso é fato! Tem gente que diz que isso tudo é porcaria e tal, mas  tem muita coisa de qualidade também, a maioria das bolsas era realmente de couro e com um ótimo acabamento. Não vale por ser falsificado, já que não ligo nem nunca liguei para marcas, mas se o produto é bom, bonito e barato, por que não?
Continua... ( e o melhor ainda está por vir).

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Blue Mountains



A ida para as Blue Mountains (que fica a uma hora e meia de Sydney de carro)  é um passeio bem interessante e quase obrigatório para quem vem para essa região, principalmente para quem é fã da natureza.
As chamadas “montanhas azuis”  são consideradas patrimônio da humanidade e suas névoas azuis, juntamente com um milhão de hectares de altas florestas, penhascos de arenito, canyons, cachoeiras e cerrado fazem dessas montanhas um lugar mágico.
Também é fascinante visitar as "Three Sisters" (Três Irmãs), que são um trio de elevações rochosas que recebem seu nome de uma lenda aborígene. Vejam foto acima.
Uma pena que no passeio que fizemos, o tempo não estava bom e tinha muita neblina, por isso não conseguimos ver as famosas formações rochosas. E como fomos de excursão, não pudemos adiar a visita, pois estava marcada com antecedência.
Mas tá aí uma excelente oportunidade para voltar para essa região! E dessa vez, com mais flexibilidade com relação ao tempo e atividades, agora que já conhecemos o principal.
Chegando num ponto chamado Scenic World (em Katoomba), há ainda três opções para explorar a floresta e seu mistérios ou simplesmente apreciar a vista:
1)    Skyway (um teleférico que fica a 270 metros de altura e que faz um percurso onde é possível avistar algumas das principais atrações, como cachoeiras e as três irmãs).
2)   Cableway (um teleférico que faz o passeio acima da floresta).
3)   Railway ( o trem mais íngreme do mundo que vai floresta abaixo).

Nós optamos pelo trem e caminhamos um pouco na floresta lá embaixo. Impressionante a variedade de árvores e plantas existentes, muito bonito!

Para maiores informações visite:

domingo, 10 de outubro de 2010

Animais Típicos Australianos

Há um parque muito legal chamado Featherdale Wildlife que fica próximo a Blacktown, um bairro de Sydney. Para aqueles que visitam Sydney e querem ter a experiência de ficar bem próximos dos animais típicos australianos, como o canguru e o coala, a visita a esse park é imperdível!

Como eu adoro animais, para mim, a oportunidade de tocar um coala e um canguru foi muito especial. Além disso, descobri que se eu fosse um animal, provavelmente seria um coala, pois eles dormem uma média de 19 horas por dia! Eu sou muito dorminhoca, adoro uma cama e confesso que passo várias horas acima da média fazendo uma das coisas que mais gosto: dormir!

Mas voltando aos animais, nesse parque os bichinhos estão acostumados ao contato direto com o homem, muitos ficam livres e interagindo com o público.

Os cangurus são os mais simpáticos, eles se misturam com as pessoas e adoram ser alimentados. Também há várias espécies de cangurus, desde os bem pequenininhos, conhecidos como wallabees, até os maiores, como o canguru-vermelho. Interessante é o fato de a fêmea poder escolher o sexo do bebê canguru. Isso ajuda no controle da população desses marsupiais.

Também é possível acariciar os coalas, mas eles, na sua grande maioria, estão dormindo. É impressionante como nada consegue incomodá-los. E eles são super fofos, dá vontade de levar uma meia dúzia pra casa! Eles se alimentam das folhas de eucalipto e por isso é sempre agradável se aproximar desse bichinhos, pois o cheiro é contagiante!

Outro animal típico é o diabo da Tasmânia. Lembram do Taz, aquele desenho com um animal que saia rodando que nem louco e era bem mal humorado? Pois é, ele ainda existe em abundância por aqui.

Por que ainda? Pois o funcionário do parque nos contou que em 30 anos eles provavelmente não vão mais existir... O diabo da Tasmânia pode pegar um câncer no rosto, que é transmissível quando eles brigam entre si e não tem cura, por isso, no parque, eles são mantidos separados, já que são super violentos e vivem brigando. Triste não?

A entrada para o parque custa 23 dólares e para maiores informações, segue a página do parque:



sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Kit Verão Com Sorte, Muita Sorte!

Já havia comentado anteriormente que achei muito estranho o fato de os australianos não usarem guarda-sol na praia, já que o sol daqui, devido ao buraco na camada de ozônio que fica bem em cima da Austrália, é literalmente de matar.
Porém, eu, como boa brasileira que sou (entenda-se consciente!),  saí  à caça do meu kit verão que incluiria: um guarda-sol e duas cadeiras de praias reclináveis. Simples não? Afinal, isso no Brasil é o básico do básico...
Surpresa foi a dificuldade de achar tais itens, principalmente as cadeiras de praia. Australiano que é australiano, vai à praia e senta o bumbum na areia, ou no máximo numa toalha. Guarda-sol então, nem pensar!
Mas eu não desisti, fui à várias lojas e fucei a Internet inteira atrás das benditas cadeiras... Só encontrava aquele tipo de cadeira que gosto de chamar de “cadeira de homem”. Aquela cadeirinha que parece de criança e a pessoa fica naquela posição com as costas retas o tempo todo. Conforto zero. E a mulherada sabe do que estou falando!
Por fim, já havia até comentado com a minha mãe se ela não poderia trazer as cadeiras quando ela viesse para cá (o que será em breve! Iupiii!).  E a mamis,  como boa mamis (entenda-se única!) disse que traria sim, sem problemas.
Mas resolvi ir à uma loja que encontrei na Internet  (fica lá em Dee Why ) para ver se encontrava a tal cadeira...  Seria a última tentativa.
Por sorte, não só consegui as cadeiras como consegui também o guarda-sol!!! A mulher da loja quase não acreditou quando ela fez a venda não só de uma, mas de duas dessa cadeiras reclináveis (com 5 posições)! Imagino ser raro isso por aqui! E tudo isso, pela “bagatela” de 170 dólares. Produto raro tem preço alto em qualquer mercado... Mas tudo por um pouco de conforto e proteção.
Saí feliz e radiante da loja pensando: “Nossa que sorte! Demorou, mas encontrei o que queria!”
Como sorte pouca é bobagem, quis comemorar a nova aquisição visitando a praia de Dee Why, já que ainda não conhecia. Cheguei lá e propus ao marido de darmos uma volta pelo calçadão para ir ver a piscina natural que eles constroem em quase todas as praias daqui.
Dei uns 10 passos e avistei uma gaivota dando um voo rasante em cima da minha cabeça e nisso, senti aquela pressão no meu cabelo... Um negócio quentinho escorrendo! Aaaaagh!
Pois é meus queridos, levar uma carimbada na cabeça enquanto se faz uma caminhada na praia de Dee Why realmente não tem preço!
E ainda escutar o marido falando que isso é sorte (como forma de consolo), é definitivamente amor!
Ser a atração das praias de Sydney quando armar meu quit verão na praia, com cadeira e guarda-sol... bom essa, depois eu conto  ;  )

domingo, 26 de setembro de 2010

DÚVIDAS SOBRE A DECISÃO DE MORAR NO EXTERIOR

Todo mundo que vai morar fora costuma passar por uma fase que eu gosto de chamar de fase dos „ses“.  

Fase essa que considero bem chatinha já que não nos acrescenta muito em termos de desenvolvimento pessoal, mas que por outro lado, nos faz entender que não podemos controlar tudo em nossa vida.
Há coisas que não dependem da gente e nós temos que estar ok com isso. Essa fase também costuma chegar depois de alguns meses fora, após aquele período em que tudo é novidade.
Mas afinal, em que consiste essa fase?
Essa é a fase da indagação: e se eu tivesse ficado no Brasil? E se eu tivesse procurado outro emprego? E se eu tivesse escolhido outro lugar/cidade/país para morar? E se eu não for feliz aqui? E se eu me arrepender? E se eu não aguentar de saudade? E se... e se... etc, etc, etc...
Apesar de saber que fase dos “ses” é meio que infrutífera e só faz a nossa ansiedade aumentar, vou confessar que sou meio fã desses questionamentos... Acho que isso vem um pouco do meu signo (peixes), pois eu adoro imaginar como seria tal situação se eu tivesse agido de tal forma e que consequências isso traria para minha vida. Ou seja, fantasio muito, adoro, e confesso que,  as vezes, é difícil voltar para o mundo real!
Sabe aquele frase do Raul “prefiro ser uma metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo...”? Pois  é, sou meio assim!
Porém, apesar de gostar de dar uma viajada,  me dou sempre um limite, tento não me entregar em exagero e me forço a voltar a pensar racionalmente, pois a verdade felizmente ou infelizmente, nesse caso,  é uma só. Quando tomamos uma decisão e agimos de acordo com ela, traçamos nosso caminho e seguimos em frente. Nós nunca teremos a certeza de que acertamos ou erramos. É como um tiro no escuro mesmo. Então de que adianta ficar remoendo?
O que é construtivo nisso tudo é saber se estamos satisfeitos ou não com a situação. Se sim, ótimo, seguimos em frente. Se não, sempre há tempo para mudar o caminho, desviar, contornar ou até retornar.
Essa é a beleza da vida. Nós não podemos controlar tudo, mas nós podemos fazer escolhas, modificar nosso caminho  e sobretudo, nós podemos mudar de opinião!
 “Eu não me envergonho de corrigir os meus erros e mudar de opinião, porque não me envergonho de raciocinar e aprender.” Alexandre Herculano

terça-feira, 21 de setembro de 2010

BRAZILIAN DAY

Há 10 anos acontece o Ritmo Brazilian Day em Sydney. Esse ano o evento aconteceu no dia 19 de setembro no Tumbalong Park, em Darling Harbour.

Foi ótimo ver a comunidade e cultura brasileiras reunidas num lindo parque, com muita alegria, simpatia e receptividade, características típicas de nós, brasileiros.

Deu para matar a saudade da culinária brasileira também. A festa estava repleta de delícias da nossa terra: pastel, feijoada, bobó de camarão, brigadeiro, manjar branco, bolo de cenoura, salgadinhos em geral, churrasco, churros, pão de queijo, guaraná, etc.

A festa também contou com bandas tocando música brasileira, teve show de samba e apresentação de capoeira.

Eu fiquei impressionada com a quantidade de brasileiros em Sydney. Todo mundo sempre comenta que a Austrália é um dos destinos preferidos dos brasileiros, mas vendo ao vivo, realmente é incrível!

Tinha também muito australiano curtindo a festa, a culinária e a música. Deu para ver que eles são literalmente fãs da cultura brasileira.

Enfim, em eventos assim, a gente aproveita para usufruir da oportunidade de sentir um pouco da nossa cultura e para não esquecer de onde viemos. Porém, apesar de ser um momento festivo e alegre, também escutamos alguns brasileiros desprezando muitos aspectos da nossa cultura.

Embora a gente não seja obrigado a gostar de tudo que é caracterizado como cultura brasileira, é importante respeitar toda a forma de manifestação desta, já que a cultura é um movimento coletivo e interesses individuais não deveriam prevalecer.

Me lembro bem de uma frase de Confúcio que escutei no curso de Direito: "A cultura está acima da diferença da condição social."

Concordo e assino embaixo.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

OS PONTOS POSITIVOS DA AUSTRÁLIA

"Inspiração vem dos outros. Motivação vem de dentro de nós."

Como vocês sabem, eu estou adorando viver aqui, mas também curti muito morar no Canadá e na Alemanha. Cada lugar é especial por determinados motivos e esse post, é dedicado aos pontos positivos daqui e que, consequentemente,  acabam por proporcionar o bem estar e a motivação necessária para ir sempre em frente.

Segue  o link da matéria que escrevi para o site Austrália Brasileira sobre os motivos para escolher a Austrália como destino para morar, para estudar ou para viajar:


Espero que gostem!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

NEM TUDO SÃO FLORES

Uma amiga (irmã de coração) está tendo, pela primeira vez, a oportunidade de viver fora do Brasil por um longo período. Experiência essa que ela sempre desejou e lutou muito para conseguir. E ela, finalmente, alcançou seu objetivo por mérito próprio e com muito merecimento!

Mas onde é que estou querendo chegar com esse assunto?

É que recentemente nós tivemos um ótimo papo e pudemos dividir experiências, que antes nos eram mais limitadas, já que há coisas que somente podemos compreender completamente, quando somos colocados na mesma situação.

Falamos da solidão que se sente quando vivemos no exterior, principalmente nos primeiros meses. É incrível como nos sentimos sós, mesmo estando rodeados de pessoas. Eu já passei por isso três vezes, e mesmo com tais experiências, nunca deixei de sentir esse mesmo efeito, esse mesmo conflito de sentimentos, essa mesma solidão.

Porém a vantagem em já ter vivido isso algumas vezes, é saber que esse sentimento muda, passa, só variando o tempo que demora essa mudança, já que isso depende de cada circunstância e de cada pessoa.

Por isso vou dividir com vocês alguns conselhos ou simples observações que notei ao longo de minha caminhada. Tudo isso com o intuito de ajudar outras pessoas que estejam ou estarão algum dia vivendo uma situação parecida.

Primeiramente, os amigos dificilmente virão até você. Então, coloque o chapéu da humildade e vá atrás mesmo! No começo é assim, use seus contatos e suas ferramentas para ir descobrindo pessoas com quem você poderia ter afinidades. Se achar que não está havendo empatia no começo, não desista, uma hora você vai encontrar alguém especial, e que fará toda essa busca valer a pena! E tenho certeza de que você vai se surpreender e encontrará mais de uma pessoa que acabará fazendo a diferença na sua vida.

Segundo conselho, uma vez "enturmado", não espere se tornar melhor amigo de alguém de uma hora para outra. Não é assim no Brasil, porque seria diferente no exterior? Amizade exige tempo, dedicação, para que se consiga chegar a um estágio que gosto de me referir como "conforto". Sabe quando você conhece as pessoas, mas ainda não se sente 100% a vontade para ser você mesmo? Você fica pensando o que dizer antes de dizer, para saber se tal comentário é apropriado, se as pessoas estão gostando de você, etc. Pois é, isso é super normal e esse estágio também passa... Com o tempo, você vai poder dizer suas abobrinhas sem medo de ser feliz e sem medo de ser julgada ou perder a amizade! Você vai sim se sentir confortável com as pessoas!

Só para vocês terem uma idéia, agora é que estou me sentindo nessa fase de "conforto",  ou seja, depois de cinco meses de Austrália. Então, realmente não é da noite para o dia e é normal demorar mais ou menos do que isso. Já diz o sábio ditado: cada caso é um caso!

Por outro lado, na Alemanha eu me lembro de ter superado essa fase mais rapidamente, mas eram outras circunstâncias, um caso especial de um grupo que acolhia e que continua acolhendo com muito carinho os recém-chegados. Caso raro mesmo! Trago muito do meu lado prestativo e acolhedor desse tempo...

Terceiro, quando for se abrir com alguém sobre esse assunto, escolha direitinho com quem falar, senão você vai acabar escutando aquelas coisas típicas e desagradáveis: “ué, mas isso não era seu sonho? Tá reclamando porque? Você que quis morar fora, agora aguenta. Tá ruim aí, volta pra cá! Falei pra você não ir! Você não vai encontrar amigos melhores aí.”

Isso acontece com mais frequência do que imaginamos... Tais comentários vem de pessoas que, na minha opinião, são ainda um pouco pobres de espírito e dão opinião onde não tem condição, por pura falta de conhecimento. Além do que, nem tudo são flores. Isso é assim em qualquer situação da vida... We all should know better...

Mas não desanimem!

No fim das contas, sabe qual o lado bom dessa experiência, às vezes longa, às vezes sofrida?

Crescimento!!! Muito crescimento!!!

E sabem o que mais?

Amigos pra vida toda, amigos sem preconceito de cor, nacionalidade, origem,classe social, religião, idade... Amigos que você conquistou, apesar das dificuldades, das diferenças. Amigos que se apreciam pelas diferenças!

E ainda tem ainda mais...

Nos tornamos mais solidários com outras pessoas recém-chegadas. Aprendemos a estender a mão para essas pessoas porque alguém também já estendeu a mão para a gente e percebemos o quanto isso foi importante na nossa adaptação.

Enfim, adquirimos um nível de valorização das pessoas muito maior do aquele que costumávamos ter. Em outras palavras, passamos a dar um valor muito maior às pessoas que amamos. E esse ponto, tenho certeza, é unânime! Não é?

"A melhor maneira de amar de novo a pátria é afastar-se dela por algum tempo." (Nicolai Lesskov)

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Amigas + Chocolate = Dia Perfeito

Tem coisa melhor em um domingo a tarde do que um programinha mulherzinha com amigas queridas?

Acho que não, né?

Agora se juntar isso com chocolate, aí bate qualquer programa mesmo!

Bom, esse encontro foi com as amigas companheiras de blogs no maravilhoso café da Lindt.

Esse café existe em três endereços em Sydney: http://www.lindt.com/au/swf/eng/cafe/store-locations/

O chocolate quente de lá é MARAVILHOSO! Vejam como ele é servido na foto (vem o chocolate derretido e o leite quente separados e a pessoa mistura como quiser). O chocolate quente também é servido nas versões de chocolate ao leite ou chocolate amargo.

O resto (bolos, tortas, chocolates) também não ficam atrás, afinal é tudo feito com o delicioso chocolate LINDT...

Essas amigas que passaram de virtuais para reais já conquistaram um lugarzinho especial no meu coração. Eu me sinto sempre muito privilegiada por encontrar amigos tão especiais por todos os lugares que passei e que continuo passando.

E isso faz toda a diferença na vida da gente, não é mesmo?

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Os” Véio sem Noção”

Quem me conhece pessoalmente sabe que eu tenho várias histórias pra contar sobre esse grupo carinhosamente apelidado de “os véio sem noção”. Porém, para os menos informados, vou explicar quem são essas figuras tão amadas que fazem parte da minha vida...

Bom, eles são uma turma de pessoas (todos brasileiros) acima de 50 anos, com exceção de um ou outro mais novo, que sabem curtir a vida adoidado. Sabe aquela frase que diz para viver todos os dias como se fosse o último... Pois é, os “véio” são a turma que mais coloca em prática esse lema. Até comunidade no orkut eles tem...

Agora vou explicar o porquê do carinhoso apelido. Uma bela madrugada de domingo para segunda, os “véio” estavam fazendo uma festinha básica na casa de alguém, quando lá pelas 5 e pouco da matina, desce uma das filhas de um dos “véio” para ir trabalhar e não acredita no que vê. Ela fica indignada já que todos tinham que ir trabalhar e continuavam festejando, já que segundo eles, era só tomar um banho e ir pegar no batente, sem pressa. Mas a filha inconformada grita: “Mas vocês são tudo uns véio sem noção mesmo!!”. Aí pegou, né!?

E pela própria definição deles mesmos sobre o que é ser sem noção: "Se você é do tipo que sai de casa de madrugada para jantar na casa de amigos, sem se preocupar com a hora de acordar no dia seguinte, visita amigos enfermos até as 3 da manhã, brinca de apostar corrida na praia com seu marido (ele carrega a sacola com os pertences de vocês para te dar vantagem), e você grita "pega ladrão" e por pouco ele não é linchado, vende pamonhas e curau de madrugada... então...acho que você é SEM NOÇÃO!"

Mas onde eu quero chegar com toda essa explicação? Eu descobri que os “véio sem noção” tem filial internacional aqui na Austrália!!!

Em uma de nossas saidinhas, fomos à um pub com música ao vivo, onde tinha um grupo de mulheres fazendo a maior festa na balada, se esbaldando mesmo... Até aí, tudo bem, nenhuma novidade...Mas lá pelas tantas, uma “véia sem noção” resolver mostrar e chacoalhar a bunda para quem quisesse ver... Uma cena daquelas! Daqui a pouco, outra se empolga e dá-lhe mais bunda! Confesso que fiquei um pouco cega com tais visões e logo pensei nos “véio”! O negócio aqui é bem "wild"!

Vocês viram “véio” do meu coração? As véias daqui estão mais sem noção do que vocês!!!

Dedico esse post a cada um de vocês “véio” queridos, que são um exemplo de alegria, amizade, bom humor e que sabem viver e aproveitar a vida como poucos! Muitos beijos para vocês, dos seus eternos discípulos!

Carpe Diem!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Filosofando...

Ela ia caminhando, sonhadora, numa tarde qualquer, sem destino, pedindo respostas, fazendo mais perguntas, incerta, porém confiante de que estava no caminho certo.

Só não sabia o que o caminho iria trazer, e isso a perturbava...

Andava, andava, ansiosa, indecisa, deixando coisas, sentimentos, pessoas para trás, na tentativa de clarear a mente, viver só o novo, só o inusitado, querendo mais, aproveitando o momento, mas ela estava sempre acompanhada, não conseguia ficar sozinha, a dúvida pairava, atormentava, não a deixava usufruir, sem cobranças, sem expectativas.

Parou. Decidiu.

Fez a sua cabeça sem precisar pensar. Se sentiu só, mas não solitária. Conseguiu esvaziar a mente, enxergar o clarão, mesmo que por um segundo, sentiu...

Não era a dúvida que a acompanhava, era a saudade...

sábado, 14 de agosto de 2010

Emprego na Austrália

A Austrália tem a fama de ser um dos países mais fáceis para se arrumar um emprego.

Em partes, esse mito tem um fundo de verdade, pois o país realmente possui um dos índices de desemprego mais baixo do mundo (uma média de 5% da população economicamente ativa).

Porém, com a chegada de muitos imigrantes, e o reflexo da crise financeira mundial, hoje em dia, a coisa anda mais difícil.

Vejam maiores detalhes na matéria que escrevi para o site Austrália Brasileira:

http://www.australiabrasileira.com/2010/08/12/emprego-na-australia/

Eu conheço muitas pessoas que estão bem empregadas por aqui, mas também conheço outras, que embora, bem qualificadas, ainda estão fora do mercado de trabalho.

No meu caso, como a minha área é a jurídica, e cada país tem sua própria lei, o negócio é mais complicado ainda. Além do mais, não bastasse as leis serem diferentes, o sistema legal ou estrutura jurídica daqui também são diversos do do Brasil e da Alemanha que são países com o sistema chamado de “Civil Law”. Aqui na Austrália o sistema jurídico é o “Common Law”.

Só para diferenciar, “Civil Law” é a estrutura jurídica que adota como principal fonte do Direito a lei. Já a “Common Law” é uma estrutura que se baseia mais na jurisprudência do que no texto da lei. Jurisprudência nada mais é do que o conjunto de sentenças, decisões proferidas pelo Poder Judiciário.

Então, como arrumar um emprego direto na minha área está sendo meio complicado, tenho pensado em outras opções, mas vou dar mais um tempo e quando eu resolver, conto aqui para vocês!

Como me disse um amigo querido: “aproveita a oportunidade de morar fora para aprender tudo o que puder e para colecionar amigos. É o que vale na vida.”

Realmente não há razão maior para se viver: aprender e dividir com aqueles que amamos. Aprendizado, desenvolvimento, amor e amizade... É tudo o que posso desejar, o que vier a mais com o pacote, é lucro!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A Austrália Também é Solidária

Essa semana eu tive que ir até o centro da cidade para resolver umas coisinhas.

Como era uma segunda-feira durante o dia, resolvi pegar o ônibus que para aqui em frente de casa e vai até lá, pois estacionamento na cidade durante a semana e em horário comercial, é um assalto à mão armada. Uma hora de estacionamento no centro de Sydney sai pela bagatela de 40 dólares.

Bom, o ônibus chegou pontualmente, e a motorista foi bem simpática. Já fiquei surpresa quando ela esperou eu sentar para aí sim, sair com o ônibus... Fiquei prestando atenção, e ela fez isso com todos os passageiros e em todos os pontos.

Uma passageira entrou e quis pagar a passagem com uma nota de 50 dólares e a motorista disse que não tinha troco. A passageira então foi pedir aos outros passageiros se alguém poderia trocar o dinheiro para ela. Ninguém tinha troco o suficiente para 50, inclusive eu.

A minha maior surpresa veio dessa cena...Sabe o que as pessoas começaram espontâneamente a fazer? Cada uma começou a dar dinheiro para a passageira, até juntar os 5 dólares, para que ela conseguisse pagar a passagem. Assim, do nada, sem ela pedir, a mais pura e simples solidariedade...

E eu tenho certeza de que caso ela não conseguisse pagar a passagem, a motorista ia deixar por isso mesmo, já que ela queria pagar, e quem não tinha troco era a motorista...

Eu fiquei abismada com esse comportamento, pois nunca tinha vivenciado algo assim nem na Alemanha, nem no Canadá e nem no Brasil.

O maridão também me contou que de manhã tem sempre uma mulher com duas crianças pequenas sentadas no carrinho duplo de bebê esperando o ônibus. Ele disse que o motorista para e desce do ônibus para ajudar a mulher a subir com o carrinho... Acho incrível isso!

Conclusão, a Austrália continua me surpreendendo e eu adoro isso! Aliás, viver em constante mudança tem a vantagem de nos proporcionar mais oportunidades para experimentar o novo, o diferente.

Quando a gente já sabe o que esperar, e nada mais nos surpreende, a vida fica meio sem cor, monótona...e eu quero muita cor, quero experimentar cada tom, cada pincel...para pintar a tela da minha vida bem colorida! Nada de branco e preto!

Viva o inédito, não ao tédio!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Nova Matéria - Alugando um Imóvel na Austrália

Interessado em alugar um imóvel na Austrália? Veja a minha segunda matéria no site Australia Brasileira.

Como já comentei em um post anterior, conseguir um lugar para morar aqui não é tarefa das mais fáceis.

Segue também o link direto da matéria: http://www.australiabrasileira.com/2010/07/29/alugando-um-imovel-na-australia/

Bom fim de semana a todos!

terça-feira, 27 de julho de 2010

O Desafio da Comida

Sábado passado, nós tivemos a oportunidade de assistir ao vivo e a cores alguns amigos fazendo o desafio do bife a milanesa (Schnitzel Challenge) em um restaurante de comida austríaca-alemã.

O Schnitzel nada mais é do que um bife a milanesa, com a carne bem fininha, que é super tradicional na Alemanha e na Áustria. Na Áustria, ele é feito na maioria das vezes, com carne de vitela, mas na Alemanha, a carne mais utilizada no preparo do Schnitzel é a de porco.

Surpresa foi descobrir que o Schnitzel aqui na Austrália é feito com frango. E no Brasil, na maioria das vezes, é feito de carne.

Dá para perceber que cada país tem sua preferência no quesito Schnitzel. Mas que todos apreciam o prato, isso não tem como negar!

Anyway, em que consistia o tal desafio?

Os meninos tinham que comer 1 quilo de Schnitzel, com um montão de batatas fritas e ainda tomar 1 litro de cerveja cada um (vejam foto exemplificativa acima), tudo no período de uma hora. O desafio custa 55 dólares por pessoa e se o candidato conseguir completar o desafio, ganha uma foto no mural da fama do restaurante, um certificado de Schnitzel Master e uma camiseta.

Agora se passar mal e sujar o banheiro, tem que pagar uma multa de 50 dólares para a limpeza do banheiro!

Antes dos meninos toparem o desafio, nós fomos jantar no restaurante e assistimos uns 5 caras fazendo o desafio, dois deles passaram mal e nenhum conseguiu terminar o prato.

Por isso, ninguém estava botando muita fé nos garotos, já que o prato, quer dizer, a travessa, realmente é assustadora! Eu juro que para mim, aquela quantidade de comida dava para uma semana inteira!

Mas não é que os meninos conseguiram!!!!!! Eles suaram mesmo, as últimas garfadas e goles de cerveja, acho que todo mundo sofreu junto, mas no fim, vitória!

Well done guys! Parabéns!

Eu fiquei o resto do dia sem vontade de comer, só imaginando como eles estariam, e olha que ficar sem vontade comer, no meu caso, é uma vez na vida e outra na morte!!!!

“Não existe amor mais sincero do que aquele pela comida.” George Bernard Shaw

É... e esse tipo de amor nunca acaba!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Delícia Australiana - Caramel Slice

Tenho gostado muito de experimentar os pratos e alimentos específicos da Austrália.

Embora Sydney seja tão multicultural a ponto de ter perdido um pouco da sua identidade australiana, ainda encontramos por aqui uma culinária local especial e muitas vezes, surpreendente.

A minha mais nova mania se chama “caramel slice” (fatia de caramelo). Esse é um doce que, com certeza, seria muito bem recebido no Brasil pois os ingredientes são todos muito apreciados pelos brasileiros.

Vejam a receita...

Ingredientes:

Base
• 1 xícara de farinha de trigo
• 1/2 xícara de açúcar mascavo
• 1/2 xícara de coco ralado
• 125g manteiga derretida
Recheio
• 1 lata de leite condensado
• 2 colheres de sopa de maple syrup (xarope de bordo). Se não encontrar, não é essencial.
• 60g manteiga derretida
Cobertura
• 2 colheres de sopa de óleo
• 125g de chocolate meio amargo

Modo de preparo:

1. Aqueça o forno a 180°C. Unte com manteiga uma forma de pelo menos 3cm de profundidade e de tamanho 28 x 18cm.
2. Combine todos os ingredientes da base numa tigela. Misture bem. Coloque a massa pressionando bem no fundo da forma. Asse por 15 minutes, ou até a massa ficar ligeiramente dourada.
3. Recheio: Combine todos os ingredientes em uma panela. Cozinhe até soltar do fundo da panela (ponto de brigadeiro). Coloque sobre a base. Asse por 12 minutos, deixe esfriar bem.
4. Cobertura: Derreta o óleo e o chocolate meio amargo numa panela em fogo baixo. Coloque sobre o recheio. Refrigere por 3 horas, corte em quadrados para servir.

O doce é fácil de fazer e não tem como resistir! Hummmm!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Mercadão em Sydney

Um ótimo mercado em Sydney é o Paddy’s Market.

Eles vendem de tudo, desde frutas, legumes, verduras, carnes, peixes, até roupas, artigos para casa, bijus, óculos, CDs...

O Paddy’s é uma mistura de feira livre com feirinha de artesanato, então agrada a muitos. Tem de tudo um pouco!

Os produtos são mais baratos se comparados aos supermercados ou lojas.

Lembrancinhas da Austrália são bem mais em conta do que as encontradas nas tradicionais lojinhas de souvenirs. Se você estiver procurando uma lembrança para levar para amigos ou familiares no Brasil, vale muito a pena dar uma passada lá, pois dá para encontrar muita coisa legal e acessível.

Enfim, com certeza é possível para fazer bons negócios, e passar algumas horas agradáveis “batendo perna” por lá!

Abaixo segue o link do tour virtual do mercado, assim dá para ver como o mercado é parecido com os nossos mercados aí no Brasil. Não tem como resistir!

http://www.paddysmarkets.com.au/virtualtourvr.html

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Matéria sobre Moradia

Saiu a minha primeira matéria publicada no site Austrália Brasileira!

Nesse artigo eu falo particularmente do custo de moradia na Austrália. O texto contém informações sobre as opções e os custos reais para se viver neste lindo país. Dêem uma olhada:

http://www.australiabrasileira.com/2010/07/08/custo-de-moradia-na-australia/

Espero que a informação seja útil!

Outras matérias ainda virão, aguardem...

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Dois Mundos

Hoje resolvi mudar o layout do blog...

Depois da onda de amigos blogueiros que também mudaram as caras de seus blogs, pensei: “Nossa o deles ficou tão legal, porque não dar uma modernizada no meu bichinho também?!”

Aí resolvi, me inspirei e mudei! De vez em quando é bom dar uma sacudida no visual, seja na gente, seja nas coisas, seja no blog! Espero que tenham gostado!

Hoje li essa frase da pedagoga Cornelia Spohn e achei que tem tudo a ver com o blog:

"Pessoas que vivem entre dois mundos têm o potencial de intermediar entre um mundo e o outro."

Não pude deixar de concordar com esse pensamento. Quando a gente vive no exterior, passa a ver as coisas boas e ruins de cada lugar com muita clareza.

Na verdade, a gente passa até a usar uma lente de aumento ao analisar cada país, cada situação . Passa a exacerbar o bom e a desprezar o ruim, tudo com muita intensidade.

Ainda não sei dizer se isso é bom ou ruim, mas não posso negar que a gente passa a dar um valor diferente para as coisas, mesmo para as mais simples.

Por exemplo, hoje eu dou um valor enorme para o sol porque vivi meses e meses de invernos rigorosos. Então, hoje sei que isso faz uma super diferença na minha vida. Antes de vivenciar esses invernos, o sol para mim era uma coisa completamente normal, nem notava que ele estava lá, não o apreciava da maneira que aprecio hoje.

Logo que me mudei para a Alemanha, em junho de 2004, fomos morar em uma casa que dividia o quintal com os donos do imóvel, um casal de velhinhos aposentados. Estávamos em pleno verão, era sol e calor todos os dias, coisa comum no Brasil.

Eu notava que os velhinhos ficavam sentados no quintal o dia todo. Eu saia de casa de manhã, voltava a tarde e ficava dentro de casa o resto do dia, cuidando das minhas coisas, e os velhinhos lá fora, acho que só entravam para ir ao banheiro!!

Um belo dia, a velhinha me para na porta de casa e diz: "Você tem que ficar sentada aqui fora, você fica muito dentro de casa, tem que aproveitar!"

Eu olhei pra ela com uma cara de interrogação, falei qualquer coisa e entrei. Passei o ano inteiro contando essa história para todo mundo. Que a velhinha devia estar querendo cuidar da minha vida, que era falta do que fazer, etc... Enfim, me diverti contando o "causo"!

Um ano se passou juntamente com um inverno rigoroso de oito meses e quando chegou o verão do próximo ano, lá estava eu sempre na rua, aproveitando o solzinho, fazendo churrasco e tomando café no quintal. Foi só aí que fui entender a velhinha... Sábia velhinha...

Quando não temos algo que estamos acostumados a ter, passamos a dar a isso um valor muito maior...