Todo mundo que vai morar fora costuma passar por uma fase que eu gosto de chamar de fase dos „ses“.
Fase essa que considero bem chatinha já que não nos acrescenta muito em termos de desenvolvimento pessoal, mas que por outro lado, nos faz entender que não podemos controlar tudo em nossa vida.
Fase essa que considero bem chatinha já que não nos acrescenta muito em termos de desenvolvimento pessoal, mas que por outro lado, nos faz entender que não podemos controlar tudo em nossa vida.
Há coisas que não dependem da gente e nós temos que estar ok com isso. Essa fase também costuma chegar depois de alguns meses fora, após aquele período em que tudo é novidade.
Mas afinal, em que consiste essa fase?
Essa é a fase da indagação: e se eu tivesse ficado no Brasil? E se eu tivesse procurado outro emprego? E se eu tivesse escolhido outro lugar/cidade/país para morar? E se eu não for feliz aqui? E se eu me arrepender? E se eu não aguentar de saudade? E se... e se... etc, etc, etc...
Apesar de saber que fase dos “ses” é meio que infrutífera e só faz a nossa ansiedade aumentar, vou confessar que sou meio fã desses questionamentos... Acho que isso vem um pouco do meu signo (peixes), pois eu adoro imaginar como seria tal situação se eu tivesse agido de tal forma e que consequências isso traria para minha vida. Ou seja, fantasio muito, adoro, e confesso que, as vezes, é difícil voltar para o mundo real!
Sabe aquele frase do Raul “prefiro ser uma metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo...”? Pois é, sou meio assim!
Porém, apesar de gostar de dar uma viajada, me dou sempre um limite, tento não me entregar em exagero e me forço a voltar a pensar racionalmente, pois a verdade felizmente ou infelizmente, nesse caso, é uma só. Quando tomamos uma decisão e agimos de acordo com ela, traçamos nosso caminho e seguimos em frente. Nós nunca teremos a certeza de que acertamos ou erramos. É como um tiro no escuro mesmo. Então de que adianta ficar remoendo?
O que é construtivo nisso tudo é saber se estamos satisfeitos ou não com a situação. Se sim, ótimo, seguimos em frente. Se não, sempre há tempo para mudar o caminho, desviar, contornar ou até retornar.
Essa é a beleza da vida. Nós não podemos controlar tudo, mas nós podemos fazer escolhas, modificar nosso caminho e sobretudo, nós podemos mudar de opinião!
“Eu não me envergonho de corrigir os meus erros e mudar de opinião, porque não me envergonho de raciocinar e aprender.” Alexandre Herculano