segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A Luta de uma Brasileira no Exterior

Essa semana assisti um programa na televisão brasileira que me tocou bastante. 

No programa a entrevistada era uma ex-paquita (Louise Wischermann) que está lutando para poder trazer o filho para viver com ela no Brasil.

Ela já morou na Alemanha, na Espanha e por fim no Canadá, onde se casou com um canadense. Com 30 anos, foi diagnosticada com esclerose múltipla e precisava começar o tratamento o mais rápido possível.

Porém Louise queria ter um filho antes de começar o tratamento, embora seu marido não apoiasse a idéia. Ela engravidou mesmo assim, e o marido não ficou ao seu lado durante a gravidez, e por isso ela foi ter o filho no Brasil. Depois com o bebê, ela retornou ao Canadá.

Quando a criança estava com um ano e pouco, o casal se separou e ela continuou a viver no Canadá para que o pai tivesse contato com o filho.

Agora ela quer voltar ao Brasil para ficar perto da família e dos médicos que tratam a doença dela. Só que como o Brasil assinou a convenção de Haia, o caso da guarda tem que ser julgado no país de residência da criança, ou seja, no Canadá.

Torço para que esse juiz leve em consideração a situação e a doença da mãe, que está tendo que encarar tudo sozinha, longe da família. 

Além do que, ela está seguindo a lei direitinho e não tentou raptar a criança como acontece em muitos casos. Inclusive ela viajou agora ao Brasil sem o filho, pois o juiz achou arriscado autorizar que ela viajasse com a criança.

Quis escrever sobre esse caso aqui no blog, pois essa é uma dificuldade que muitas mães brasileiras casadas com estrangeiros enfrentam fora do Brasil,  pois quando o casamento acaba e há crianças em jogo, a disputa pela guarda é sempre complicada.

E a Louise não quer separar o filho do pai e afirma que aceitaria deixar a criança passar todas as férias com o pai no Canadá e permitiria também que o ex-marido viesse ver o filho no Brasil sempre que quisesse.

Outro ponto que vale a pena mencionar é o fato de que o povo brasileiro vive falando mal do SUS (Sistema Único de Saúde), mas é ele que está bancando o tratamento da ex-paquita , já que no Canadá, o sistema de saúde não cobre os medicamentos que ela precisa tomar, e caso ela fosse comprar os remédios lá, gastaria 2500 dólares por mês.

No Brasil, ela recebe os medicamentos de graça.

Outro exemplo que posso dar é aqui na Austrália mesmo. Fui ao médico e entre consultas e exames, tudo simples, gastei uns 700 dólares. Tenho seguro de saúde privado e que não é barato. Porém só recebi de volta do seguro de saúde 280 dólares, ou seja, menos da metade.

É, definitivamente é o SUS que não presta...

4 comentários:

  1. Nossa, Fê, $280 de $700! Que absurdo!
    E qto. a paquita, achei o ex dela totalmente insensível por não apoiá-la durante a gravidez, afinal ela não fez o filho sozinha. Acho que no meu caso faria bem diferente, nunca mais teria voltado ao Canadá e o pai que fosse catar coco no mato, hehe! Acharia decente por parte dele abrir mão da guarda por lívre arbítrio, mas essas são minhas opiniões. Enfim, tomara que ela vença essa luta!

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  2. Pois é Fla, fiquei pasma também com o valor devolvido, mas nao tem outro jeito, quando temos que ir ao médico, nao dá para ficar fazendo conta...
    Pois é, estou torcendo pela Louise também, tomara que ela venca a causa pois merece muito mais que o ex, que a abandonou durante a gravidez.
    Beijokas!

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  3. Parabéns pelo tema, Fê! Tambßem achei muito honarada a atitude da Louise, ao contrário de exemplos recentes que me fez até senti vergonha do Brasil, mas no fim tudo foi resolvido e a justica foi feita. Estou na torcida pela Louise. Admiro gente equilibrada e lutadora, e aquela moca é com certeza uma. Pode demorar um pouco, mas consigo ver uma luz no fim do túnel.
    Pois é, quanto ao SUS, também penso o mesmo. O povo di que nao presta, mas eles tem que ver a realidade de muitos países ricos e que se duvidar tem que pagar até um curativo básico.

    Beijinhos para vocês cheios de saudade ;),

    Pri

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  4. Oi Pri, que saudades!
    Saudades estou também do sistema de saúde alemao, hehehe! Aqui também é bom, mas tem que se pagar uma parte do próprio bolso e na Deutschland é tudo kostenlos!!!
    Beijokas!

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