terça-feira, 21 de dezembro de 2010

REBOBINANDO A FITA

Hoje vim aqui especialmente para desejar à vocês, queridos leitor e leitora, um Feliz Natal e um 2011, no mínimo, espetacular!!!

2010 foi o ano de inauguração do blog e foi também graças ao blog que percebi o quanto me faz bem colocar alguns pensamentos no “papel”.

Escrever nesse cantinho se tornou um compromisso semanal muito apreciado por mim, e espero que em 2011 eu tenha ainda mais experiências para compartilhar!

Poderia fazer aqui um balanço de coisas boas e ruins que aconteceram durante 2010, mas prefiro focar no próximo ano como uma página todinha em branco, onde a gente pode pintar, escrever, rabiscar a vontade e do nosso jeito! De 2010 eu só levarei aprendizado e coisas boas, o resto vai ficar lá atrás...

“Para sonhar um ano novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre." (Carlos Drummond de Andrade)

Vamos rebobinar a fita e começar 2011 novos, em paz e com um ótimo roteiro!

Vale a pena rever esse comercial da nossa publicidade brasileira e entrar no espírito natalino:

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Em Breve, Mais Uma Integrante...


Estou passando só para deixar registrado para a posteridade mais esse momento especial com minhas amigas de blog e de coração: Vi, Fla, Ede, Cris, Tati e a  Di, que não saiu nas fotos porque estava com a câmera na mão.

E que fique registrado também que eu copiei a montagem de fotos do blog da Di porque eu achei linda!

Clarinha, que você venha ao mundo para trazer muita alegria para a mamãe Flavia e para o papai André! Ah, e também para as titias blogueiras, é claro!

"No amor de uma criança tem tanta canção pra nascer, carinho e confiança, vontade e razão de viver."

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A Luta de uma Brasileira no Exterior

Essa semana assisti um programa na televisão brasileira que me tocou bastante. 

No programa a entrevistada era uma ex-paquita (Louise Wischermann) que está lutando para poder trazer o filho para viver com ela no Brasil.

Ela já morou na Alemanha, na Espanha e por fim no Canadá, onde se casou com um canadense. Com 30 anos, foi diagnosticada com esclerose múltipla e precisava começar o tratamento o mais rápido possível.

Porém Louise queria ter um filho antes de começar o tratamento, embora seu marido não apoiasse a idéia. Ela engravidou mesmo assim, e o marido não ficou ao seu lado durante a gravidez, e por isso ela foi ter o filho no Brasil. Depois com o bebê, ela retornou ao Canadá.

Quando a criança estava com um ano e pouco, o casal se separou e ela continuou a viver no Canadá para que o pai tivesse contato com o filho.

Agora ela quer voltar ao Brasil para ficar perto da família e dos médicos que tratam a doença dela. Só que como o Brasil assinou a convenção de Haia, o caso da guarda tem que ser julgado no país de residência da criança, ou seja, no Canadá.

Torço para que esse juiz leve em consideração a situação e a doença da mãe, que está tendo que encarar tudo sozinha, longe da família. 

Além do que, ela está seguindo a lei direitinho e não tentou raptar a criança como acontece em muitos casos. Inclusive ela viajou agora ao Brasil sem o filho, pois o juiz achou arriscado autorizar que ela viajasse com a criança.

Quis escrever sobre esse caso aqui no blog, pois essa é uma dificuldade que muitas mães brasileiras casadas com estrangeiros enfrentam fora do Brasil,  pois quando o casamento acaba e há crianças em jogo, a disputa pela guarda é sempre complicada.

E a Louise não quer separar o filho do pai e afirma que aceitaria deixar a criança passar todas as férias com o pai no Canadá e permitiria também que o ex-marido viesse ver o filho no Brasil sempre que quisesse.

Outro ponto que vale a pena mencionar é o fato de que o povo brasileiro vive falando mal do SUS (Sistema Único de Saúde), mas é ele que está bancando o tratamento da ex-paquita , já que no Canadá, o sistema de saúde não cobre os medicamentos que ela precisa tomar, e caso ela fosse comprar os remédios lá, gastaria 2500 dólares por mês.

No Brasil, ela recebe os medicamentos de graça.

Outro exemplo que posso dar é aqui na Austrália mesmo. Fui ao médico e entre consultas e exames, tudo simples, gastei uns 700 dólares. Tenho seguro de saúde privado e que não é barato. Porém só recebi de volta do seguro de saúde 280 dólares, ou seja, menos da metade.

É, definitivamente é o SUS que não presta...

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

CRISE DOS 30???


Hoje li o seguinte artigo no provedor da Uol: “Crise do não fiz nada ainda na vida pode começar aos 30” (http://estilo.uol.com.br/comportamento/ultnot/2010/12/05/crise-do-nao-fiz-nada-ainda-na-vida-pode-comecar-aos-30.jhtm).

Li e não pude deixar de me identificar um pouco.

Não que a minha crise tenha começado exatamente aos 30 e não que ache que não fiz nada na vida... Minha suposta crise começou aos 31 e um título mais adequado para o meu caso seria: “Crise do ainda não fiz tudo o que eu queria ter feito na vida com esta idade”.

Sabe quando você se imagina com 30 anos, bem casada, com filhos, com saúde, feliz, realizada, bem sucedida profissionalmente, financeiramente, falando sete línguas, linda, viajada, com tudo duro e no lugar, com casa própria, carrão, animais de estimação, com tempo pra você, para o mundo e dando conta de tudo e mais um pouco?

Eu sei, utopia pura!

Acho que um dia já quis tudo isso, hoje acho que aprecio o que eu tenho e é claro que desejo muitas coisas ainda, mas não desejo tudo. E isso aprendi só depois dos 30.

Falando em almejar, esse assunto não deixa de ser um ótimo incentivo para minhas resoluções de ano novo.

É, eu sei, 99% das coisas que você diz que vai fazer no ano novo, acabam indo por água abaixo, mas eu gosto de ter minha listinha mesmo assim. Pois se pelo menos eu conseguir realizar uma coisinha que seja, já vai ser melhor do que realizar nada.

Além do que, sou movida a metas, preciso delas para continuar andando. Confesso que esse ano deixei o barco rolar, vivendo um dia de cada vez e só serviu para eu perceber que eu não funciono assim.

Sei também que as vezes temos que desistir da vida que planejamos, para encontrar a vida que nos espera.

Mudar de plano? Sim. Não ter planos? Não mais.

Então como repetir os mesmos erros não entra nem nunca entrou na minha listinha de ano novo, 2011 vai ser um ano diferente, cheio de planos e metas e porque não, alguns sonhos bem malucos?!

Afinal de contas, nunca se sabe...

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Tem um Peru na Minha Rua

Não sei se é de conhecimento notório, mas aqui na Austrália a vida animal é infinitamente abundante. Sei que no Brasil também é, mas nas grandes cidades brasileiras tudo o que vemos são uma pombas e uns passarinhos.

Antes de me mudar para cá, quando me falaram dos insetos, pássaros e animais que viviam no meio da cidade, confesso que achei que não era tudo isso.

Bem, eu estava literalmente enganada e não tinha a menor idéia do que me esperava...

Primeiramente vou falar dos insetos. Há aranhas de todos os tamanhos em todos os lugares, aliás, teias de aranha aqui são tão comuns como folhas de árvores caídas no chão. É irritante! E quando você está dirigindo, olha para o veículo ao seu lado e vê no retrovisor do carro do camarada, teias de aranhas em perfeita construção!? E dizem que para os “aussies” isso é super normal. Inclusive, em cada cantinho da parede de dentro das casas tem uma teinha para dar um charme.

Outro dia mesmo, fui jantar na casa de uns amigos e como estava escuro em frente a casa, fui caminhando em direção à porta quando literalmente enfiei a minha cara numa teia de aranha gigante!! Aaaaaagh! Quando dei uns passos para trás, a maldita continuou intacta, inacreditável, quase desmaiei!!! Desse dia em diante, traumatizei, mando sempre o marido abrir caminho na frente ou se estou sozinha, vou que nem ceguinha, com as mãos na frente tateando tudo!

Há, tem as baratas também. Eu sei, eu sei, no Brasil também tem toneladas delas, mas aqui o negócio é visível na calçada! Você caminha a noite e vê as danadinhas andando de um lado para o outro, e elas nem se incomodam com a gente! Tamanhos e espécies diversas, tem para todos os gostos!! Dizem também que o povo aqui convive normalmente com elas, como se fossem borboletas!!!

Por tudo isso, que minha casa tem tela em todas a janelas e portas, e mesmo assim, de vez em quando ainda tenho uns visitantes inesperados, para minha alegria, é claro.

Para se ter uma idéia, existem 220.000 espécies de insetos na Austrália, que para ficar bem claro, não tenho a menor intenção de conhecer!

Há também a época das moscas, que deve estar chegando, pois já avistei várias nos últimos dias. Dizem que elas pousam em camisetas brancas, fazendo-as ficar preta de tanta mosca! Aaagh!

Para finalizar esse post, realmente tem um peru morando na minha rua! Ele vive de um lado para o outro, nos telhados, na rua, tranquilamente vivendo a vidinha dele, sem querer ser incomodado. Porém, ele se esquece que é o prato principal de uma festa que se aproxima, e estou preocupada com o bem estar do pobrezinho. Se eu não tivesse tanto medo, juro que daria abrigo para ele até janeiro, quando o perigo já não existisse mais.

Gente, rezem pelo peru, pois já me afeiçoei a ele!